No número de Dezembro de 2009 da Perspectives on Politics, que só agora recebi em papel, vem um artigo muito interessante para quem faz e consome sondagens, de Robert E. Goodin e James Mahmud Rice. Goodin e Rice mostram, usando inquéritos em painel - onde o mesmo grupo de pessoas é seguido antes, durante e depois da campanha eleitoral (ou seja, depois das eleições) - que uma parte não irrelevante dos eleitores vota de uma forma diferente daquela que revela em sondagens feitas durante a campanha, e curiosamente, mais semelhantes àquela que manifesta antes da campanha. Isto faz com que, ao contrário do que se poderia pensar, nem sempre é verdade que sondagens feitas mais próximo das eleições sejam melhores preditoras do voto. E sugere que:
"there is indeed something about the poll booth that changes the way people think. When telling an American pollster whether or not they approve of the way the president is handling his job, or even when telling a British or Australian pollster how they would vote if the election were held today, they give an off-the-top-of-their-head response. Voting, however, is serious business. For responsible voters who take their civic duty seriously, it is an occasion to pause and reflect on how good a job the incumbent really has done – not just over the last little while but over the whole period in office."
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2 comentários:
Muito interessante. Isso ajuda a explicar o relativo sucesso de modelos econométricos a prever os resultados das eleições.
Fundamentals, fundamentals..
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