quinta-feira, setembro 27, 2012
quarta-feira, setembro 26, 2012
O que tenho lido sobre as eleições americanas: uma selecção.
1. O Pollster.com, para os últimos números das sondagens nacionais e estaduais e o que implicam para o colégio eleitoral, e os comentários de Mark Blumenthal (aqui sobre o "post-convention" bounce de Obama).
2. Também sobre as sondagens (e sobre previsões que se podem fazer na sua base), Nate Silver no FiveThirtyEight.
3. Votamatic, idem.
4. John Sides, em dois blogues: YouGov e Monkey Cage. Aqui sobre como a discussão sobre os rendimentos de Romney afectaram a sua campanha, e aqui sobre as "gaffes" e o seu (duvidoso) efeito nas sondagens.
5. Brendan Nyhan, aqui sobre a estranha persistência do mito de que Obama seria muçulmano.
6. Andrew Gelman (também no Monkey Cage), sobre quase tudo o que me interessa, incluindo e para além de eleições. Aqui resumindo por que razão Romney é um mau candidato (e dificilmente outro seria bom tendo em conta aquilo em que se tornou o Partido Republicano).
7. Pollyvote, tudo sobre diferentes formas de prever resultados eleitorais.
8. Jay Cost, ajudando a que os Republicanos não percam completamente a esperança.
9. Lynn Vavreck, que contribui para vários dos blogues acima, aqui sobre os eleitores indecisos.
Tudo disto é um bocado técnico, pouco especulativo e muito colado aos dados empíricos. Mas sucede que isso é precisamente o tipo de coisa que me interessa. Para "grandes reflexões", nem sempre impecáveis do ponto de vista empírico mas sempre impecavelmente bem escritas e inteligentes, leio o David Brooks, aqui sobre as mutações do conservadorismo americano.
2. Também sobre as sondagens (e sobre previsões que se podem fazer na sua base), Nate Silver no FiveThirtyEight.
3. Votamatic, idem.
4. John Sides, em dois blogues: YouGov e Monkey Cage. Aqui sobre como a discussão sobre os rendimentos de Romney afectaram a sua campanha, e aqui sobre as "gaffes" e o seu (duvidoso) efeito nas sondagens.
5. Brendan Nyhan, aqui sobre a estranha persistência do mito de que Obama seria muçulmano.
6. Andrew Gelman (também no Monkey Cage), sobre quase tudo o que me interessa, incluindo e para além de eleições. Aqui resumindo por que razão Romney é um mau candidato (e dificilmente outro seria bom tendo em conta aquilo em que se tornou o Partido Republicano).
7. Pollyvote, tudo sobre diferentes formas de prever resultados eleitorais.
8. Jay Cost, ajudando a que os Republicanos não percam completamente a esperança.
9. Lynn Vavreck, que contribui para vários dos blogues acima, aqui sobre os eleitores indecisos.
Tudo disto é um bocado técnico, pouco especulativo e muito colado aos dados empíricos. Mas sucede que isso é precisamente o tipo de coisa que me interessa. Para "grandes reflexões", nem sempre impecáveis do ponto de vista empírico mas sempre impecavelmente bem escritas e inteligentes, leio o David Brooks, aqui sobre as mutações do conservadorismo americano.
quinta-feira, setembro 20, 2012
More poll results and caveats
Starting with the caveats, note that in a "poll-poor" environment such as Portugal, it's understandable that a single poll gets a lot of attention. But let's not forget that a poll is just a poll. And although this last one somehow "feels right" (unlike this one), that does not make it "right" or "wrong," whatever that means when we talk about measuring public opinion. We need more data.
Furthermore, recall that the last Catholic University poll was conducted in late May/early June. This means that the massive PSD drop cannot be assigned exclusively to the measures related to social security contributions: the "Relvas affair(s)" and the privatization of public television were two very contentious issues that preceded the last austerity measures. Finally, note that the poll was conducted not only at the height (so far) of mobilization against the government but also following a week during which PSD figures, employers, unions, and even the minor coalition partners voiced their disagreement with the government's measures. So, although it is always possible that things can get worse for the PSD, it's probably safe to say that they had never as bad as in that period when the fieldwork took place.
Having said that, a few more interesting results:
* In the previous poll by the same institute, the PM was positively rated (getting 10 or more in a 0 to 20 scale) by 48% of respondents. This figure now dropped to 34%, making him the party leader with the worst approval rating.
* 78% of respondents disagree with the notion that the reduction of companies' social security contributions will help fighting unemployment, while 81% disagree with the notion this will have an impact on consumer prices. This is, in a way, a measure of how unsuccessful the communication of this measure was, as well as of the large consensus against it on the part of the kind of sources (media, expert, partisan) people likely used to form any sort of opinion about it.
* In contrast, there is an absolutely massive support for measures that were barely discussed, such as increasing taxes over luxury items or over high value real estate: support is always above 80%.
* 48% of respondents think now likely that Portugal will face a situation similar to Greece in the short-run, against 34% just three months ago.
*60% of respondents believe that no opposition party would do better than the current government if it was in power. Considering that 77% make a negative evaluation of the work of the current government, this helps explaining why, while the PSD drops in this poll, the PS fails to capitalize.
Furthermore, recall that the last Catholic University poll was conducted in late May/early June. This means that the massive PSD drop cannot be assigned exclusively to the measures related to social security contributions: the "Relvas affair(s)" and the privatization of public television were two very contentious issues that preceded the last austerity measures. Finally, note that the poll was conducted not only at the height (so far) of mobilization against the government but also following a week during which PSD figures, employers, unions, and even the minor coalition partners voiced their disagreement with the government's measures. So, although it is always possible that things can get worse for the PSD, it's probably safe to say that they had never as bad as in that period when the fieldwork took place.
Having said that, a few more interesting results:
* In the previous poll by the same institute, the PM was positively rated (getting 10 or more in a 0 to 20 scale) by 48% of respondents. This figure now dropped to 34%, making him the party leader with the worst approval rating.
* 78% of respondents disagree with the notion that the reduction of companies' social security contributions will help fighting unemployment, while 81% disagree with the notion this will have an impact on consumer prices. This is, in a way, a measure of how unsuccessful the communication of this measure was, as well as of the large consensus against it on the part of the kind of sources (media, expert, partisan) people likely used to form any sort of opinion about it.
* In contrast, there is an absolutely massive support for measures that were barely discussed, such as increasing taxes over luxury items or over high value real estate: support is always above 80%.
* 48% of respondents think now likely that Portugal will face a situation similar to Greece in the short-run, against 34% just three months ago.
*60% of respondents believe that no opposition party would do better than the current government if it was in power. Considering that 77% make a negative evaluation of the work of the current government, this helps explaining why, while the PSD drops in this poll, the PS fails to capitalize.
quarta-feira, setembro 19, 2012
Católica, 15-17 Set, N=1,132, Face to face
PS: 31% (-2)
PSD: 24% (-12)
CDU: 13% (+4)
BE: 11% (+2)
CDS-PP: 7% (+1)
Others: 3%
Source. The comparison is with the last Católica poll, from May 2012.
PSD: 24% (-12)
CDU: 13% (+4)
BE: 11% (+2)
CDS-PP: 7% (+1)
Others: 3%
Source. The comparison is with the last Católica poll, from May 2012.
sexta-feira, setembro 14, 2012
Eurosondagem, 10-13 Sept., n=1037, Tel.
PS: 33.7% (+0.7)
PSD: 33.0% (-1.1)
CDS-PP: 10.3% (+0.2)
CDU: 9.3% (+0.5)
BE: 7.0% (+0.4)
PSD: 33.0% (-1.1)
CDS-PP: 10.3% (+0.2)
CDU: 9.3% (+0.5)
BE: 7.0% (+0.4)
quinta-feira, setembro 13, 2012
Aximage, 3-6 Sept, n=600, Tel.
First public poll since August 17th, and first poll by this company since early July. Fieldwork predates the announcements by the Prime Minister and the Minister of Finance of new austerity measures, so you can probably see this as just giving a first inkling of the likely massacre to come.
PS: 35.4% (+4.6)
PSD: 33.3% (-1.7)
CDS-PP: 7.1% (-0.8)
I'll fill you in on the other parties when I get them.
PS: 35.4% (+4.6)
PSD: 33.3% (-1.7)
CDS-PP: 7.1% (-0.8)
I'll fill you in on the other parties when I get them.
Transatlantic Trends: alguns resultados
Os resultados do inquérito Transatlantic Trends, apoiado em Portugal pela FLAD, são divulgados em inglês e suficientemente conhecidos lá fora. Logo, passo para português neste post. Os inquéritos cobrem muitos temas, especialmente de política internacional, mas têm dado muita atenção ao tema da crise económica nos últimos anos. O trabalho de campo ocorreu em Junho passado. Destaco alguns resultados:
Em geral, com poucas excepções, há mais pessoas a avaliar positivamente a actuação da UE do que dos seus próprios governos nacionais. É natural: os governos são partidários, dividem as pessoas; a UE não é vista da mesma forma. Dito isto, é curioso que uma crise cuja responsabilidade tem sido atribuída à incapacidade de decisão na Europa permita, mesmo assim, que na maior parte dos casos a actuação da UE seja vista como positiva. Quem paga as favas são os governos: afinal, são eles que podemos castigar ou recompensar, ao contrário de uma distante e politicamente irresponsável UE. Notar também as excepções: Alemanha, Turquia e Suécia.
Uma mini-surpresa: na maior parte dos países, a actuação da chanceler Merkel é vista como positiva pela maior parte dos inquiridos. Aqui, claro, há uma clivagem:
Na Turquia, em Portugal, em Itália, e em Espanha, essa avaliação é predominantemente negativa. E está fortemente relacionada com uma pior opinião da Alemanha enquanto país. Isto é algo que, sendo porventura compreensível na Turquia, me parece um bocado perturbante nos restantes países, devo dizer.
Na maior parte destes países, a avaliação que se faz dos efeitos do Euro (ou dos que seriam os efeitos do Euro para os países que não o têm) é mais negativa que positiva. E onde ele não existe, pelos vistos, poucos o querem. Por outro lado, noutra pergunta, há já 50% de espanhóis que acham que seria melhor sair, valor que chega aos 40% em Portugal...
Que fazer? Uma das perguntas coloca os inquiridos perante três opções: diminuir despesas para diminuir a dívida; manter o nível de despesas; ou aumentar para promover crescimento? O gráfico seguinte mostra as percentagens para a primeira opção:
Apesar da diminuição em relação a 2011, Portugal continuava em Junho o campeão da defesa do corte das despesas do Estado. Claro, a pergunta é colocada em abstracto, sem especificar onde se corta, o que facilita o apoio. Para além disso, cortar despesas é bastante diferente de aumentar impostos ou contribuições para a segurança social, o que nos deve tornar ainda mais cuidadosos sobre interpretações destes resultados como sendo de "apoio" às medidas de quaisquer governos. Mas dito isto, há (ou talvez mais exactamente, havia em Junho) um capital político não irrelevante de apoio a uma redução das despesas do estado nalguns países, especialmente em Portugal. Já o que se fez com esse capital é outro assunto.
O que me leva ao último gráfico. "Algumas pessoas dizem que o nosso sistema económico funciona de forma justa para todos, enquanto que outros dizem que a maior parte dos benefícios do nosso sistema só vão para alguns. Qual destas opiniões se aproxima mais da sua?"
Tal como sucede em todos os estudos que alguma vez me lembro de ter visto sobre este tema, Portugal destaca-se por uma sensibilidade particularmente elevada às questões da justiça distributiva do sistema económico. Num país tão desigual como o nosso e, porventura, com uma cultura política marcada ainda pelo 25 de Abril, não creio que isto seja particularmente surpreeendente. O que surpreende é que seja tão frequentemente esquecido.
Em geral, com poucas excepções, há mais pessoas a avaliar positivamente a actuação da UE do que dos seus próprios governos nacionais. É natural: os governos são partidários, dividem as pessoas; a UE não é vista da mesma forma. Dito isto, é curioso que uma crise cuja responsabilidade tem sido atribuída à incapacidade de decisão na Europa permita, mesmo assim, que na maior parte dos casos a actuação da UE seja vista como positiva. Quem paga as favas são os governos: afinal, são eles que podemos castigar ou recompensar, ao contrário de uma distante e politicamente irresponsável UE. Notar também as excepções: Alemanha, Turquia e Suécia.
Uma mini-surpresa: na maior parte dos países, a actuação da chanceler Merkel é vista como positiva pela maior parte dos inquiridos. Aqui, claro, há uma clivagem:
Na Turquia, em Portugal, em Itália, e em Espanha, essa avaliação é predominantemente negativa. E está fortemente relacionada com uma pior opinião da Alemanha enquanto país. Isto é algo que, sendo porventura compreensível na Turquia, me parece um bocado perturbante nos restantes países, devo dizer.
Na maior parte destes países, a avaliação que se faz dos efeitos do Euro (ou dos que seriam os efeitos do Euro para os países que não o têm) é mais negativa que positiva. E onde ele não existe, pelos vistos, poucos o querem. Por outro lado, noutra pergunta, há já 50% de espanhóis que acham que seria melhor sair, valor que chega aos 40% em Portugal...
Que fazer? Uma das perguntas coloca os inquiridos perante três opções: diminuir despesas para diminuir a dívida; manter o nível de despesas; ou aumentar para promover crescimento? O gráfico seguinte mostra as percentagens para a primeira opção:
Apesar da diminuição em relação a 2011, Portugal continuava em Junho o campeão da defesa do corte das despesas do Estado. Claro, a pergunta é colocada em abstracto, sem especificar onde se corta, o que facilita o apoio. Para além disso, cortar despesas é bastante diferente de aumentar impostos ou contribuições para a segurança social, o que nos deve tornar ainda mais cuidadosos sobre interpretações destes resultados como sendo de "apoio" às medidas de quaisquer governos. Mas dito isto, há (ou talvez mais exactamente, havia em Junho) um capital político não irrelevante de apoio a uma redução das despesas do estado nalguns países, especialmente em Portugal. Já o que se fez com esse capital é outro assunto.
O que me leva ao último gráfico. "Algumas pessoas dizem que o nosso sistema económico funciona de forma justa para todos, enquanto que outros dizem que a maior parte dos benefícios do nosso sistema só vão para alguns. Qual destas opiniões se aproxima mais da sua?"
Tal como sucede em todos os estudos que alguma vez me lembro de ter visto sobre este tema, Portugal destaca-se por uma sensibilidade particularmente elevada às questões da justiça distributiva do sistema económico. Num país tão desigual como o nosso e, porventura, com uma cultura política marcada ainda pelo 25 de Abril, não creio que isto seja particularmente surpreeendente. O que surpreende é que seja tão frequentemente esquecido.
quarta-feira, setembro 12, 2012
Leader approval
A few days ago I gave you the long-run view on voting intentions. Now for the long-run view on leader approval. Pollsters in Portugal ask this question in very different ways, rendering frequencies not comparable. There are ways to go around this, but for now I decided to focus on a single pollster that makes their data publicly accessible in a very nice way: Marktest. So this is is percentage of respondents who make a "positive" assessment of the performance of the leader of the PS, the PSD, and of the President of the Republic (there's just another response option, "negative") since 2005. The lines are lowess smoothers (80% bandwidth):
So, a few things:
1. The most remarkable phenomenon is the decline in the President's approval. One would need to display a much longer series to show this fully, but I think it's probably not too bold to say that Cavaco is now the most unpopular President Portugal has ever had since polls have measured this sort of thing regularly (since the mid-1980s). The fact that he is now as popular (or, better put, unpopular) as the two main party leaders is, I think, particularly striking, given the nature of his office.
2. In spite of the decline in the former Prime Minister Sócrates' popularity, PSD never had, until Passos Coelho, somebody who could match him. Furthermore, Passos Coelho started at a level well below the popularity of Sócrates at the beginning of his own term. Having said that, the political and economic circumstances are, of course, dramatically different from those in 2005/2006.
3. A good piece of news for Coelho is that his level of approval has stayed relatively stable until July 2012, unlike his party, which has suffered a decline in voting intentions. Of course, we'll have to see how the horrifying political summer the government has been experiencing will play out in the next polls.
4. Seguro, the new PS leader, has been rising, although having started from very low levels (for PS leaders' usual standards).
So, a few things:
1. The most remarkable phenomenon is the decline in the President's approval. One would need to display a much longer series to show this fully, but I think it's probably not too bold to say that Cavaco is now the most unpopular President Portugal has ever had since polls have measured this sort of thing regularly (since the mid-1980s). The fact that he is now as popular (or, better put, unpopular) as the two main party leaders is, I think, particularly striking, given the nature of his office.
2. In spite of the decline in the former Prime Minister Sócrates' popularity, PSD never had, until Passos Coelho, somebody who could match him. Furthermore, Passos Coelho started at a level well below the popularity of Sócrates at the beginning of his own term. Having said that, the political and economic circumstances are, of course, dramatically different from those in 2005/2006.
3. A good piece of news for Coelho is that his level of approval has stayed relatively stable until July 2012, unlike his party, which has suffered a decline in voting intentions. Of course, we'll have to see how the horrifying political summer the government has been experiencing will play out in the next polls.
4. Seguro, the new PS leader, has been rising, although having started from very low levels (for PS leaders' usual standards).
segunda-feira, setembro 10, 2012
Martin John Callanan: Letters 2004-2006
An artist called Martin John Callanan sent letters to all heads of state of the world telling them: "I respect your authority." An example:
Quite astonishingly, or maybe not, he got a lot of replies. Here's the Portuguese presidency:
Here's Mubarak:
Even better was when Callanan send a letter to dozens of religious leaders asking them "When will it end?":
Here's the Archbishop of Canterbury:
Saw this today at Whitechapel Gallery and thought this might amuse political junkies. There's a book with a selection of the letters, which I duly purchased. Here's Callanan's website, where I'll certainly try to find out more about his work. Like this, for example.
Quite astonishingly, or maybe not, he got a lot of replies. Here's the Portuguese presidency:
Here's Mubarak:
Even better was when Callanan send a letter to dozens of religious leaders asking them "When will it end?":
Here's the Archbishop of Canterbury:
Saw this today at Whitechapel Gallery and thought this might amuse political junkies. There's a book with a selection of the letters, which I duly purchased. Here's Callanan's website, where I'll certainly try to find out more about his work. Like this, for example.
segunda-feira, setembro 03, 2012
Polls in Portugal
All the voting intention polls since the 2005 elections. The vertical lines are the election dates (2005, 2009, and 2011), the lines in color are lowess smoothers (25% bandwitdth). Data taken from here and here (and from my own data until 2009).
On the coalition parties, the PSD is at its lowest level since mid-2010, and the CDS-PP has also been also dropping since the 2011 election. But note how the CDS-PP rose as the 2009 and 2011 elections approached. Predictably, the CDU (the Communist+Green coalition) is the most stable party. Consider, however, that almost all polls since the 2011 election have come from only three polling institutes: the Catholic University has published only two polls since that election and Intercampus hasn't publicly polled since June 2011.
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