O Eurobarómetro 64, realizado há um ano, dá uma boa ideia dos sentimentos dos europeus em relação à entrada da Turquia na União Europeia. 55% dos Europeus são contra. A rejeição é mais elevada na Áustria, na Alemanha e em França, para cima de 70%. Isto é especialmente importante porque, como se dizia no Guardian a propósito de um estudo anterior, "France and Austria are due to hold referendums on Turkish membership once the accession talks end in about 10 years, all but guaranteeing that Turkey will be blocked if the current climate prevails."
É também por saberem isso que os turcos estão cada vez mais indispostos "connosco", como se vê neste relatório (.pdf). E como não? Para quê apoiar todas as reformas pedidas pela UE, algumas delas tocando nos receios de perda de identidade nacional e em temas que beliscam o nacionalismo turco, se, no final, os políticos europeus se escudarão por detrás dos referendos para deixar a Turquia de fora? O crescimento do cepticismo é perfeitamente racional.
É por tudo isto que a posição do Papa é tão importante. Afinal, até o Papa pode mudar de ideias...
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