Com algum atraso, lembro que já saíram os resultados dos inquéritos Transatlantic Trends de 2007, realizados nos Estados Unidos e em vários países europeus (incluindo Portugal, com apoio da FLAD). Num post escrito há um ano, descrevi os principais resultados de 2006:
1. Aumento da percepção do "fundamentalismo islâmico" como ameaça;
2. Apoio marginal, dos lados de cá e lá do Atlântico, a acção militar no Irão; mas apoio maioritário no caso de fracasso de opção diplomática;
3. Concordância geral dos dois lados do Atlântico sobre onde se devem (e onde não se devem) colocar limites às liberdades individuais na luta contra o terrorismo; mas polarização interna nos Estados Unidos, em linhas partidárias, sobre esta mesma questão;
4. Maioria, dos dois lados, crê que não há incompatibilidade entre os valores do Islão e os valores da democracia, e que o problema é com grupos islâmicos específicos e não com o Islão como um todo;
5. Declínio no apoio em relação ao papel da NATO na Europa.
Ora bem: o que temos este ano?
1. Percepção do "fundamentalismo islâmico" como ameaça continua a aumentar;
2. Apoio da opção militar no Irão muito superior nos Estados Unidos em comparação com os países europeus, mas concordância geral com a ideia de que um Irão nuclear levará a proliferação;
3. Declínio no apoio ao papel da NATO em França, Reino Unido e Alemanha;
4. Sentimentos dos turcos em relação aos EUA e à UE continuam a "arrefecer";
5. Introduzida este ano como opção de resposta no questionário, a dependência energética aparece, cá e lá, como a maior ameaça, mais ainda que o terrorismo;
6. Portugal é um dos países onde há mais gente que:
- acha que as relações Europa/EUA são irrecuperáveis;
- acha que a China é uma ameaça económica (olá Maria José);
- apoia o papel da EU em missões de paz ;
- apoia o envio/manutenção de tropas no Afeganistão.
E muito mais. Vale mesmo a pena ler.
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