Menezes é o preferido entre os eleitores em geral, mas Mendes é o preferido por aqueles que se dizem votantes do PSD. Tudo bem. Mas daí até dizer-se que "este dado não pode deixar de ser interpretado como uma inclinação de voto para as directas de hoje" a distância é considerável. Talvez melhor dizer que "pode ser interpretado", mas é tudo menos obrigatório. Descontando a questão da pergunta usada ("estar preparado para ser Primeiro Ministro" não é a mesma coisa que perguntar em quem se votaria se se pudesse votar), é muito difícil saber se os "eleitores" do PSD são representantivos dos "militantes".
Até porque temos de saber de que eleitores estamos a falar. Por exemplo, na sondagem do DN, estamos - por aquilo que consigo entender do texto - a falar daqueles que hoje votariam PSD. Aí, Mendes ganha. Mas como é óbvio, os que votariam hoje PSD são precisamente aqueles que olham para Mendes com maior simpatia, e não necessariamente todos os eleitores habituais do PSD. Note-se o que sucede quando a sub-amostra muda, e passa a ser composta pelos que "votaram PSD em 2005" (em vez daqueles que votariam agora): nesse caso, Menezes ganha, aqui.
"Não pode deixar de ser interpretado como uma inclinação de voto para as directas de hoje"? Bem, poder até pode.
P.S.- Vale a pena ler isto sobre o assunto.
P.P.S. (29 Setembro) - Hate to say I told you so.
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