No Insurgente, faz-se um post mortem da minha "previsão", feita no fim de Dezembro, de que a 5 de Fevereiro, após a Super Tuesday, "já estará tudo decidido quanto aos candidatos à presidência de cada partido".
Mas se posso ainda estrebuchar um bocadinho, não creio que o problema seja o de dar demasiado peso à informação passada. A previsão até tinha algumas pernas para andar em abstracto, e não apenas enquanto mera pressuposição de que o passado se iria repetir: em suma, havia muita coisa escrita e explicada sobre o fenómeno do "momentum". Se a isto adicionássemos a concentração de tantas primárias num só dia, havia boas razões para supor que tudo estaria resolvido.
Mas não foi assim. A resposta fácil é the Obama surprise. É fácil, mas não é má de todo. É tão boa, aliás, que no próprio Insurgente se presumia que, após a Super Tuesday, o que iria ficar por resolver era o problema dos Republicanos, e não dos Democratas. Foi o contrário, claro.
A resposta que me é menos fácil dar - mas tenho de dar - é que não tomei em conta a proporcionalidade na distribuição dos mandatos nas primárias Democratas. Se o sistema fosse como o Republicano, a vantagem de Clinton - com Califórnia, NY, NJ e Mass. no bolso- já seria bastante mais expressiva.
E é capaz de haver outras. Já a ideia de que há "poucas observações" no passado, avançada nos comentários ao post, me parece menos interessante. Se a ideia é apenas fazer indução, então as séries são sempre curtas. E por muito longas que sejam, há sempre um cisne negro à espreita depois de vermos muitos cisnes brancos. No pun intended.
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