A decisão é conhecida: não haverá eleições. É certo que os dados agregados não autorizam (ainda?) a ideia de um qualquer "big turnaround". Utilizando como fonte o arquivo de sondagens do excelente UK Polling Report, a aplicação de uma regressão local aos resultados sugere que as últimas sondagens estão longe de terem o peso suficiente para, de forma estatisticamente significativa, sugerirem uma inversão da tendência de subida dos Trabalhistas que se iniciou desde o abandono de Blair.
Contudo, eles lá saberão o que estão a fazer. A análise do que sucede nos círculos em concreto é potencialmente mais útil do que os resultados agregados a nível nacional: basta uma medida como a recentemente proposta pelos Conservadores, de eliminação parcial do imposto sucessório (particularmente atraente nos prósperos "shires"), para que as perdas dos Trabalhistas, em vez de se reflectirem uniformemente a nível nacional, se concentrem em círculos mais disputados e os façam perder esses círculos. De facto, parece que foi isso mesmo que sucedeu: a decisão de Brown terá sido influenciada por sondagens conduzida em círculos eleitorais particularmente disputados e vulneráveis. E se assim foi, foi uma jogada de mestre de David Cameron.
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