sexta-feira, maio 28, 2010

Marktest, 18-20 Maio, N=804, Tel.

Intenções de voto após redistribuição de indecisos:
PSD: 43,9%
PS: 27,6%
BE: 7,7%
CDS-PP: 7,5%
CDU: 7,1%

Notícia aqui.

5 comentários:

Augusto disse...

Estranho a ficha técnica

15% QUINZE POR CENTO DE RESPOSTAS

Mais ou menos 120 pessoas a que se tem de abater os brancos e nulos á volta de 40.

Temos um universo se não estou enganado de 70 pessoas

Como se pode aceitar uma sondagem com estes numeros.

A Marktest tem de ser mais rigorosa

beijokense disse...

Responderam 804 indivíduos, dos quais 453 "votaram".

Dos 5195 indivíduos "seleccionáveis", não foi possível contactar 2923. Foram contactados com sucesso 2272, dos quais se obteve 804 questionários válidos. Os 15% de "taxa de resposta" são obtidos por 804/5195.

Pedro Magalhães, com esta fórmula de cálculo, qual é a taxa de resposta típica numa sondagem presencial por quotas? E por random route?

Augusto disse...

Não são esses os numeros que eu entendi .

Mas mesmo assim estamos a falar em quê, num universo de dos tais 5195 votam como diz 453, então a percentagem é á volta de 8%.

Se ainda houve nos 453 votos noutros partidos brancos ou nulos , podemos falar talvez em 7%.

Como é que com um valor de 7% de respostas se pode chegar a qualquer conclusão minimamente realista.

E volto a dizer os numeros de que falei estavam a ser divulgados na TSF.

Luís Queirós disse...

Uma modesrta contribuição para um debate cosntrutivo
http://fvp-voxpopuli.blogspot.com/2010/05/o-valor-das-sondagens.html

Unknown disse...

A taxa de resposta desta sondagem da Markest parece-me normal no contexto de uma sondagem telefónica com intuitos comerciais. A discussão sobre o tema quer na bibliografia quer nos blogues é colossal.Aqui,por exemplo, podem acompanhar precisamente a resposta do actual director do Census americano precisamente à questão "É um problema que as sondagens políticas tenham taxas de resposta abaixo dos 20%?". A resposta dele é a única possível sabendo-se apenas esta informação.

Duas notas adicionais:
1. Vai para aí ainda uma grande confusão com as taxas de resposta divulgadas nos media. Não se ponham a comparar estas taxas da Marktest com os 50, 60, ou 70% que vêm noutras sondagens telefónicas. Estas últimas não estão a calcular uma taxa de resposta no sentido estrito do termo, como faz a Marktest, mas provavelmente uma taxa de cooperação (quantos dos abordados e que fazem parte do universo aceitam responder). Até nisto acho a Marktest especialmente transparente e respeitável. Já agora, os valores que o CESOP apresenta são as taxas de cooperação, mas isso está lá explícito no texto das fichas técnicas.

2. Como é óbvio, taxas de resposta destas não são aceitáveis em estudos académicos. Mas mesmo nestes, notem as taxas de resposta de uma coisa como o World Mental Health Survey, um estudo com orçamentos cinco ou seis vezes mais alto que o "gold standard" das ciências sociais (o European Social Survey): http://www.hcp.med.harvard.edu/wmh/national_sample.php. Como vêem, isto é muito difícil...