"É difícil traçar um perfil do abstencionista. Falta em Portugal um instituto de estatística de opinião, uma entidade estatal que faça inquérito sistemáticos aprofundados - as empresas de sondagens são privadas e funcionam à velocidade que os media e os partidos precisam delas."
Eu concordo que falta sempre muita coisa para qualquer coisa. Mas também não é preciso exagerar (se me perdoarem os shameless plugs pelo meio):
1. As eleições de 25 de Abril: geografia e imagem dos partidos.
2. Geografia Eleitoral.
3. L'abstention electorale au Portugal : 1975-1980.
4. Atitudes, opiniões e comportamentos políticos dos portugueses : 1973-1993 : cultura política e instituições políticas, evolução e tipologia do sistema partidário, afinidade partidária e perfil dos eleitores.
5. Desigualdade, desinteresse e desconfiança: a abstenção nas eleições legislativas de 1999.
6. Participação e abstenção nas eleições legislativas portuguesas, 1975-1995.
7. A abstenção eleitoral em Portugal.
8. Redes sociais e participação eleitoral em Portugal.
9. A abstenção nas eleições legislativas de 2002.
10. O exercício da cidadania política em Portugal.
12. Declining Portuguese voter turnout: political apathy or methodological artifact?
12. Second Order Elections and Electoral Cycles in Democratic Portugal, 1975-2002.
13. Portugal at the Polls.
14. Quem se abstém?
Para não falar das coisas ainda mais interessantes, as que comparam a abstenção em Portugal com as de outros países em diferentes eleições, e que são tantas, tantas, mas tantas que me limito a pôr isto. E também não vejo de onde vem a coisa da "entidade estatal". Que "instituto estatal" foi preciso nos Estados Unidos para produzir estas 90.000 referências?
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2 comentários:
Estou farto de ver "estudos" sobre a abstenção e a falsa abstenção, sobre eleitores fantasmas, etc.
Estes "estudos" saltam agora que houve uma grande abstenção e que isso poderia limitar a legitimidade de Cavaco Silva como Presidente da República.
Todos esses estudos se baseiam em comparações entre os dados do INE baseados no recenseamento eleitoral de 2001 (com actualizações) e os dados do recenseamento eleitoral.
É óbvio que, perante os dados do INE, há eleitores a mais e, conclui-se que existam nos cadernos eleitorais mais de um milhão de falsos eleitores.
Bom, o curioso é que todas essas análises e estudos consideram que os dados do INE estão rigorosamente certos.
Será assim? É de duvidar pois, quanto mais não seja e devido aos métodos utilizados, o natural seria que a margem de erro dos recenseamentos à população fosse superior à do recenseamento eleitoral.
Curiosamente ainda não vi ninguém contestar os dados do INE tendo como base os do recenseamento eleitoral.
http://www.ionline.pt/conteudo/100607-portugal-tem-mais-800-mil-eleitores-misterio
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