Há aqui alguma discussão sobre a apresentação de estimativas sobre os pequenos partidos nas sondagens, em parte motivada pelo facto de, neste blogue, elas serem agregadas com as estimativas de votos brancos e nulos. Duas explicações:
1. Comparabilidade: nem todas as sondagens apresentaram resultados para partidos com intenções de voto inferiores às do CDS-PP.
2. Erro amostral:
- 16% dos inquiridos da última sondagem da Intercampus afirmaram que não iriam votar. Logo, com uma amostra de 800, as estimativas foram calculadas na base das intenções de voto manifestadas por 672 votantes.
- Não sei quantos disseram que não sabem em quem votariam. Mas imaginemos que foram 9% como na sondagem anterior da Intercampus. Logo, teríamos intenções de votos válidas dadas por 612 pessoas.
- A notícia relata que, entre esses, 1% disseram que votariam em Garcia Pereira. 1% de 612 são...6 pessoas. Para uma amostra aleatória de 612, a margem de erro associada a uma estimativa de 1%, com 95% de confiança, é 0,79% Isto quer dizer que Garcia Pereira pode ter, com 95% de confiança e se a amostra fosse aleatória (que não é), qualquer coisa entre 0,21% e oito vezes mais do que isso, ou seja, 1,79%. Dizer isto sobre o PCTP/MRPP ou não dizer nada é a mesma coisa. É por isto que prefiro não dar os resultados dos pequenos partidos, achando preferível agregá-los.
Dito isto, o CDS-PP está incluído no quadro, mesmo tendo intenções de voto, nalguns casos, de 1%. Mas como noutras sondagens tem estimativas bastante superiores, achei que fazia sentido incluir Telmo Correia.
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