Não é preciso ciência para perceber que o PS teve menos votos do que que as sondagens mediram a uma semana ou menos das eleições, e que a tendência (não unânime, mas tendência) foi de subestimação do PSD, especial - e curiosamente - nas sempre mais precisas sondagens à boca das urnas. Há duas explicações normalmente avançadas para coisas como estas: "abstenção por certeza de vitória" e "espiral do silêncio". Na primeira, a história é simples: eleitores inicialmente dispostos a votar no PS desinteressam-se no final por verem como era grande o favoritismo de Costa. Na segunda, a percepção de uma situação de "crise" na candidatura do PSD leva os seus eleitores a ocultarem o seu sentido de voto. Nas sondagens à boca das urnas, por muito que se tente impedir que a "vontade de responder" enviese a amostra, há sempre o fenómeno das recusas, presumivelmente, neste caso, concentradas em votantes no PSD.
São só duas histórias possíveis, não testadas com dados sólidos. Mas são boas hipóteses de partida à luz do que se conhece quer do passado quer de outros contextos eleitorais.
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