segunda-feira, março 21, 2011

Para os jornalistas do Público


O Margens de Erro é um exclusivo dos Assinantes Margens de Erro



Caros jornalistas do Público: a partir de hoje leiam o Margens de Erro em formato de e-blogue, uma mudança absolutamente revolucionária na comunicação digital. O sistema de assinaturas foi ligeiramente, vamos chamar-lhe assim, "modificado". Assinem o Margens de Erro Digital a partir de 2,30 € e acedam a todos os conteúdos exclusivos que tenho para vocês. Por 2,30€ por semana podem ler o blogue a qualquer hora do dia e pesquisar posts antigos. Mas por 5,74€ por semana, para além do que está acima, até me podem telefonar a perguntar se eu acho que o estado do tempo previsto para esta semana tem alguma relação com a probabilidade de demissão do governo, que eu até faço de conta que a pergunta tem resposta e digo-vos tanta coisa que o artigo fica logo escrito. Nem precisam ligar a seguir para o José Adelino Maltez e podem dizer na mesma que falaram com "politólogos" porque eu falo em nome de "Pedro Magalhães" e de "Pedro Coutinho" (e se quiserem controvérsia até digo coisas contraditórias). Como vêem, 5,74€ é pouco dinheiro mas rende bastante.

Caso decidam não assinar, peço-vos que não olhem para os gráficos, não leiam análises de resultados de sondagens e não me sigam a timeline no Twitter. E ainda que retirem do lado direito da página do Público a frase "O seu Jornal do dia é lhe oferecido por:" e por baixo a publicidade do Barclaycard. Ou que escrevam "é-lhe" em vez de "é lhe". Ou "vendido" em vez de "oferecido". Enfim, o que acharem melhor.

Deste vosso admirador e ainda leitor,
Pedro Magalhães

P.S.- Para uma reacção realmente com graça à nova paywall do NYT, ver aqui.

5 comentários:

Anónimo disse...

:)

Ui, a quantidade de vezes que descubro material criado pela blogoesfera e que é utilizado pelo Público, muitas vezes sem qualquer menção da fonte. Se eu que escrevo em 2 ou 3 blogues pequenos, já encontrei frases inteiras copiadas e reportagens montadas a partir do que escrevo, imagino o que fazem ao Margens de Erro.

Unknown disse...

Por acaso não, sinceramente, não acontece comigo, mas percebo o comentáro.

João Pedro Pereira disse...

Esta mensagem é dirigida aos jornalistas porque razão? Não são os jornalistas que escrevem as frases que acompanham os anúncios publicitários, nem determinam os modelos de negócio do jornal.

Bárbara Wong disse...

Caro Pedro Magalhães: A mensagem não deve ser dirigida aos jornalistas, não foram os jornalistas que decidiram fechar determinados conteúdos do PÚBLICO. A mensagem deve ser dirigida aos administradores dos órgãos de comunicação, não são aos do PÚBLICO mas aos dos outros meios que estão a fechar os conteúdos, na Europa e nos EUA.
Caro MC: Eu nunca plagiei nada, nem ninguém, mas já muitos artigos escritos por mim plasmados em inúmeros blogues. Todos, completamente, por inteiro. Uns autores de blogues escrevem onde é que foram buscar a informação, outros, nem por isso... E ninguém me paga, nem a mim, nem ao órgão onde trabalho para copiarem ipsis verbis o fruto do meu trabalho. É a selva. BW

Anónimo disse...

Cara Bárbara Wong,

como pode imaginar o comentário não era dirigido a si pessoalmente. Não precisa de se sentir ofendida.

Discordo contudo da sua comparação. Um blogger que usa o trabalho do jornalista (para qual o jornalista foi pago) não está a ter nenhum lucro com isso. Ao invés, um jornalista que usa o trabalho de um blogger (para o qual não é pago), está a usar trabalho alheio para seu proveito profissional.

Não acho errada esta colaboração, mas acrescente que é muito mais frequente um blogger cita um jornalista como fonte do que o contrário.