Há também quem ache que já deverá haver muitos estudos sobre isto. De Leonel Morgado:
Quanto a este concurso de ideias, não haverá já soluções qb.? Pelo menos nos EUA, que eu saiba, é comum haver referendos em simultâneo com outras eleições (sem a escandaleira que há por cá). Certamente que pelo menos aí deverá haver alguém que se tenha dedicado a esta questão da contaminação?
Pois é verdade: é altamente improvável que isto não esteja estudado nos EUA. O problema, claro, é que não há referendos nacionais nos Estados Unidos, o que limita a comparabilidade. Mas vou tentar apurar.
Actualização: ora cá está, 2 artigos em 5 minutos, apesar de não serem respostas ainda à nossa pergunta.
1. Mark A. Smith, The Contingent Effects of Ballot Initiatives and Candidate Races on Turnout. American Journal of Political Science, Vol. 45, No. 3. (Jul., 2001), pp. 700-706. Mas aqui a questão é colocada um pouco ao contrário: em que medida os referendos ajudam a mobilizar eleitores que de outra forma não iriam às urnas. Não se aplica ao nosso caso...
2.Regina P. Branton, Examining Individual-Level Voting Behavior on State Ballot Propositions.
Political Research Quarterly, Vol. 56, No. 3. (Sep., 2003), pp. 367-377. Sugere que o comportamento de voto dos indivíduos nos referendos locais é sistematicamente influenciado pela sua identificação partidária, especialmente em temas "sociais/morais". Mas o tema do referendo europeu não é "social/moral", o nosso referendo é nacional e a nossa questão não é esta: a questão é saber se, ao seguirem as pistas dos partidos, os eleitores deixam que a aprovação pela actuação de um determinado partido a nível local se transforme na adesão às orientações desse partido no que respeita ao referendo.
Mas vou continuar a procurar.
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