Tenho de me dedicar mais ao Brasil para além da praia ( desta e desta). O Ivan - da outra - tenta ajudar-me a perceber algo de que nada sei:
As minhas apreciações sobre a política brasileira são puramente impressionistas. No entanto, quem lê os opinion-makers (de direita) daqui é levado a crer que o Lula era encarado, em finais de 2002, quando foi eleito, como uma espécie de salvador. A minha percepção, quando estive no Brasil nessa altura, foi precisamente a contrária. É certo que toda a gente falava de política, incluindo as empregadas da lanchonete, de uma maneira que não é comum cá. Mas as apreciações sobre o Lula não tinham messianismo nenhum, eram uma coisa contida, do género «vamos fazer a experiência», «já é hora de dar uma oportunidade», etc. A impressão com que fiquei - pode ser errada, evidentemente - é que o Brasil já tinha tido o Collor uma vez, e que tinha aprendido com a experiência. Se isto for verdade, pode talvez ser em parte creditado ao FHC. E o Lula pode perder a próxima eleição, mas não vai passar abruptamente de anjo a demónio. Talvez as pessoas compreendam que o poder dele não é absoluto.
Sobre o Lula, as ilusões de óptica no "primeiro mundo" parecem ser, de facto, comuns. Ver aqui e aqui, mas principalmente, e se puderem, aqui.
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