A visão de longo prazo está no gráfico seguinte: 60 sondagens, realizadas desde 2005, em que o cenário Lula/Alckmin foi avançado. Descida constante de Lula até há um ano, recuperação até fim de Agosto deste ano, e declínio deste então. As percentagens são de votos válidos:
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Quando olhamos para as intenções directas de voto, o mecanismo do que se passa desde fim de Agosto fica mais claro. A percentagem de votantes que afirma tencionar votar em Lula numa segunda volta não desce muito. Só que, entretanto, aqueles que se diziam abstencionistas e indecisos vão diminuindo e, pelos vistos, passando para Alckmin (clique para ampliar):
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Chega para Alckmin? Isso exigiria uma de três coisas. A primeira seria uma transferência para Alckmin de alguns daqueles que dizem hoje tencionar votar Lula. Mas segundo a Datafolha, 90% dos que afirmam tencionar votar em Lula ou Alckmin dizem que a sua decisão é definitiva. Não há muito espaço para mudanças de última hora. A segunda consistiria em que todos os que agora se dizem indecisos, abstencionistas ou votos brancos e nulos passassem para Alckmin. É implausível. A terceira seria que houvesse uma excepcional desmobilização de última hora entre o eleitorado Lula. Nada disto parece muito credível. Mas esperar para ver.
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