Sem mudanças significativas.
Duas notas para fanáticos:
1. A ficha técnica de hoje explica que a amostragem foi aleatória e estratificada por região, habitat, sexo, idade, instrução e voto legislativo. Normalmente, sem outra explicação, isso significaria que, na verdade, foi aleatória na selecção de domicílios e por quotas na selecção de inquiridos. Mas depois explica-se na ficha publicada no jornal que houve "reequilibragem" da amostra para garantir proporcionalidade pelas variáveis de estratificação. Isso já deve significar que foi de facto aleatória na selecção de inquiridos e que, na base de informação obtida dos inquiridos e de informação conhecida acerca do universo, os resultados foram ponderados, corrigindo distorções na amostra em termos de sexo, idade, instrução e comportamento de voto passado. Mudo, portanto, de "quotas" para "aleatória" na coluna "amostragem". É até possível que tenha sido sempre assim, mas não detectei esse ponto em fichas anteriores.
2. A notícia do Correio da Manhã incide muito sobre o tema da abstenção: 43,2% nesta sondagem. "Abstenção ameaça 'sim', escreve-se. Mas, esperando que os responsáveis da Aximage não se aborreçam outra vez comigo, o leitor interessado gostaria de ter, mesmo sem grandes detalhes, uma explicação genérica sobre como se chega a este valor. Resultará ele das respostas de inquiridos que dizem abertamente tencionar não votar, mesmo após ponderação? Duvidoso: valores desta ordem não surgem nem em sondagens pós-eleitorais, quanto mais em sondagens de intenção de voto. Logo, deverá resultar de uma inferência, de uma extrapolação. Mas qual, como, e na base de quê? Eu tenho os meus palpites, mas isso não serve de nada.
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