As discrepâncias existentes no que respeita às estimativas da abstenção divulgadas pela comunicação social - ou melhor, o facto de umas sondagens divulgarem "estimativas" e outras apenas "abstenção declarada" - são de tal modo grandes que, no que respeita à "intenção directa de voto" ou "resultados brutos", decidi excluir a abstenção do total e limito-me apenas a apresentar a forma como as intenções "Sim", "Não" e os "Ns/Nr/Brancos/Nulos" se distribuem numa base de 100%.
Para algumas sondagens - Eurosondagem, por exemplo - isso implicou fazer alguns simples cálculos adicionais, dado que as intenções foram apresentadas de forma separada por dois segmentos: os que dizem que "iriam votar" e os que dizem que "talvez fossem votar". Isso é perfeitamente legítimo, claro, mas o quadro seguinte apresenta a distribuição de todas as intenções de voto recolhidas (independentemente da convicção de votar), para tornar os resultados das diferentes sondagens comparáveis entre si.
Já nos "votos válidos", o quadro apresenta aquilo que cada instituto ou órgão de comunicação social entendeu divulgar como melhor estimativa da distribuição de votos válidos, quando o fez. Mas aqui também, houve institutos que divulgaram apenas intenções directas de voto (incluindo indecisos e outros votos não válidos). Nesses casos - assinalados no quadro com um asterisco*- limitei-me a redistribuir os indecisos proporcionalmente, com o mero fim de tornar, uma vez mais os resultados comparáveis entre si.
Que confusão, não? O "Sim" parece ter perdido algum gás desde Outubro. Mas quanto? Até ao quase empate da Eurosondagem? Ou até à ainda confortável vantagem da Intercampus ou da Aximage?
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