O Project Implicit é um site contém uma série de inquéritos online que procuram detectar enviesamentos inconscientes através de associações implícitas. Há testes sobre atitudes em relação a homossexuais, obesos, preferências por ciências humanas ou naturais, tons de pele, países e idades. Há versões dos inquéritos em português.
Não juro pela validade científica desta coisa. Cheguei a isto, precisamente, através de um artigo no NYT onde se discute o assunto (via Social Science Statistics Blog). Mas por outro lado, não tenho dúvida de que muitas das perguntas usadas em questionários convencionais sobre estas coisas estão completamente contaminados pela normatividade social, por aquilo que os respondentes acham que os inquiridores querem ouvir (ou mesmo por aquilo que nós queremos ouvir sobre nós próprios). Não é impossível que testes deste género ajudem a contornar este problema.
Experimentem.
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4 comentários:
O Implicit Association Test (IAT) é um instrumento científico válido para medir aquilo que mede: associações implícitas. Não deve ser visto como um 'teste' definitivo seja sobre que matéria for. Indica um padrão associativo relevante.
Ao longo das nossas experiências formamos associações das quais não temos consciência e que podem influenciar o nosso comportamento em determinadas situações, sobretudo em contextos em que processamos informação de uma forma automática.
Aquilo que o teste mede são as nossas 'inclinações' no sentido de avaliar mais positiva ou negativamente um determinado grupo, tendo em conta a velocidade de resposta às associações que nos são apresentadas.
Não quer dizer propriamente que alguém que tenha uma preferência por brancos seja racista.
Óptimas observações. Obrigado Bruno.
Auto-promoção de lado (honestamente não gosto muito de deixar links para posts meus em comentários) fiz um pequeno post acerca de um estudo que usou o IAT para avaliar a forma como poderia predizer a tendência de voto onde explico um pouco melhor a lógica do teste:
http://dissonanciacognitiva.wordpress.com/2008/08/28/eleitores-indecisos-mas-pouco/
E fica também uma outra notícia sobre o referido estudo:
http://www.webmd.com/news/20080821/the-psychology-of-the-undecided-voter
Sem ser uma ferramenta perfeita, o IAT pode ser muito útil desde que usado e interpretado correctamente.
Muito interessante. Claro que a mim também me interessaria perceber se os "decididos" estão realmente "decididos"...
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