Um dos gráficos anteriores mostra a evolução das intenções de voto em cada partido, de um mês para outro, quando controlamos o facto de cada sondagem ter sido feita por uma empresa diferente. Por outras palavras, estima-se um valor para cada mês através de uma regressão sem constante que tem variáveis mudas identificando cada empresa e cada mês, mantendo uma das empresas como categoria de referência (neste caso, a Eurosondagem, por ser a que divulgou mais estudos). Isto faz sentido apenas na medida em que queiramos ter uma ideia da evolução ao longo do tempo sem estarmos dependentes do facto de diferentes empresas fazerem estudos em momentos e em quantidades diferentes, e tomando em conta o facto conhecido de que, pelo conjunto de escolhas técnicas e práticas que adoptam, cada empresa poder ter uma tendência para valorizar mais uns partidos e desvalorizar outros.
Um dos outputs interessantes desta análise mostra-nos que tendências são essas para cada empresa. Os gráficos seguintes mostram os house effects de cada empresa em relação a cada partido em comparação com a Eurosondagem. É muito importante perceber o que isto diz. Estes gráficos não mostram que esta ou aquela empresa subvaloriza ou sobrevaloriza cada partido em comparação com a "realidade". Eles não fazem a mais pequena ideia do que poderá ser a "realidade". Eles comparam os resultados obtidos por quatro empresas em comparação com uma outra empresa, escolhida apenas por ser aquela que tem mais sondagens feitas. E eles não sugerem que há enviesamentos deliberados, mas apenas que pode haver uma relação entre procedimentos adoptados e os resultados que se estimam para cada partido, independentemente do momento em que as sondagens foram feitas. As linhas de erro representam intervalos de confiança de 95%
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