A ler, um artigo de Tiago Mendes no Diário Económico.
Sobre a interdependência entre as sondagens e os resultados eleitorais, só me resta remeter para este post.
E se o autor me permite uma correcção, importa notar que uma sondagem à boca das urnas não é uma previsão. Uma sondagem à boca das urnas mede comportamentos já ocorridos (questionando eleitores à saída das urnas, após o voto), permitindo que se faça, na base da amostra, uma inferência acerca daquilo que ocorreu (pretérito) no universo dos eleitores.
Pode-se dizer, sim, que precisamente por não ser (nem poder ser encarada como) uma previsão, uma sondagem à boca das urnas elimina algumas das fontes de incerteza associadas a qualquer estimativa pré-eleitoral de resultados eleitorais (tais como a instabilidade nas intenções de voto, a abstenção diferencial, etc.), seja ela baseada numa sondagem pré-eleitoral propriamente dita ou em outros preditores para além das intenções de voto (estado da economia, popularidade dos líderes, etc.), para além de ter a vantagem de contar, geralmente, com amostras de maior dimensão do que as usadas em sondagens pré-eleitorais.
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