Não se admirem com o facto de não ter feito grandes comentários à sondagem da Aximage para o Correio da Manhã. É porque não sei bem o que dizer. Quando há muitas sondagens disponíveis, é possível tentar, com os controlos apropriados, detectar tendências. Mas quando há poucas, e ainda por cima com a dispersão que estas têm, o melhor é estar calado (mas veja-se como sou suficientemente tonto para não resistir no final deste post). E basta olharmos para o que se passou em 2005 para percebermos que:
1. Não é de todo garantido que esta dispersão de resultados diminua à medida que nos aproximaremos do dia das eleições, como acontece noutras eleições e é normal que aconteça.
2. As discrepâncias entre as diferentes sondagens e aqueles que vêm a ser os resultados eleitorais não têm as explicações que muitas vezes lhes tendemos a atribuir.
3. As sondagens feitas em Lisboa são geralmente imprecisas, ponto.
Mas dito isto, se esta sucessão de resultados captasse "tendências" reais (e não uma miríade de outros factores causadores de variação), não me parece que esta sondagem venha assim em tanta contradição com as anteriores. Se olharmos com atenção, vemos:
1. Costa sobe (com Intercampus outlier);
2. Negrão sobe (com Aximage outlier);
3. Carmona e Roseta descem.
4. Ruben sobe.
Ficavam surpreendidos com o esmorecer do entusiasmo nos candidatos independentes e com o reforço do voto partidário à medida que a campanha avança? Mas porquê? (mas isto não fui eu que disse)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário