terça-feira, julho 31, 2007
Popularidade
Cavaco continua nas alturas.
Sócrates não desce, mas também não recupera do abalo "pós-Independente":
Mendes é o caso mais estranho. Já sabemos que, em termos absolutos, Marktest e Eurosondagem dão resultados diferentes quer para Sócrates quer para Mendes. Mas as tendências têm sido semelhantes. Agora, contudo, enquanto Mendes está estável na Eurosondagem, afunda-se na Marktest. A seguir.
segunda-feira, julho 16, 2007
Noite de eleições
Por vezes, é assim mesmo que tudo me parece (incluindo eu próprio).
Via Arte da Fuga.
Rescaldo, 2
São só duas histórias possíveis, não testadas com dados sólidos. Mas são boas hipóteses de partida à luz do que se conhece quer do passado quer de outros contextos eleitorais.
domingo, julho 15, 2007
Rescaldo
sexta-feira, julho 13, 2007
Sobre as sondagens
* Onde a incerteza diminuiu um pouco foi em relação ao PS. Até este semana, tínhamos visto resultados entre os 31 e os 40 por cento, nove pontos de diferença. Mas nesta semana, o mínimo é 32 e o máximo 37.1. Se excluirmos a Intercampus, o mínimo é 32 e o máximo 34.2. Nada, absolutamente nada, sugere que o PS poderá não ganhar esta eleição. E nada sugere que a possa ganhar com maioria absoluta. Não há impossíveis, mas...
* A incerteza também diminuiu em relação às restantes listas, mas muito menos. Na base destes resultados, é impossível saber quem tem mais intenções de voto: Carmona ou Negrão. Em duas sondagens (Intercampus e Aximage) estão, para todos os efeitos, empatados. Noutras duas (Católica e Eurosondagem), é Negrão quem leva vantagem. Para outra ainda (Marktest) é Carmona. Leio os comentaristas e vejo que está toda a gente muito certa de que Carmona ficará em segundo. Os dados não consentem essa ideia, mas quem sabe?
* Se esquecermos a Intercampus, Roseta, Ruben e Sá Fernandes são quem têm a vida mais certa: entre 9.5 e 12.1 para a primeira, entre 7 e 10.2 para o segundo, e entre 4.8 e 8 para o terceiro. O problema é que não há razão plausível para esquecer a Intercampus. É certo que, em 2005, as coisas lhes correram mal, mas as coisas já "correram mal" a quase toda a gente. A Intercampus está farta de fazer sondagens pré-eleitorais e à boca das urnas e, na base do único parâmetro que temos - a comparação com os resultados eleitorais - não há razão nenhuma (pelo contrário) para dizermos que não são capazes de descrever correctamente as intenções e comportamentos dos eleitores. Pelo que a incerteza permanece.
* Telmo Correia entre 2 e 4. Eu percebo, mas sinceramente não estou a ver. Cá estaremos para confirmar.
Até a detecção de tendências parece impossível. A ideia geral que fica é que Costa, Carmona, Negrão e Roseta podem todos ter descido, ao passo que Ruben, Sá e Telmo subido. Mas isso é só comparando as primeiras sondagens com estas últimas. Comparando instituto a instituto, há tendências para todos os gostos. E do ponto de vista metodológico, se alguém encontrar alguma relação entre método de amostragem ou de inquirição e os resultados, avise que eu gostava de saber qual é.
Esta eleição tem a receita ideal para gerar esta incerteza nas sondagens, assim como desfasamentos elevados entre estes resultados e o que venha a suceder no Domingo:
- candidatos independentes, que como já vimos, produzem volatilidade acima do normal;
- presumível elevada abstenção, sempre problemática para as sondagens;
- eleitores ausentes em férias que podem regressar entretanto e eleitores presentes que podem partir para férias entretanto;
- eleitores recenseados em Lisboa mas que não vivem em Lisboa e podem vir votar (não tendo sido captados pelas sondagens).
Sejam quais forem os resultados no Domingo, já se pode dizer que haverá institutos cujas estimativas se vão desviar bastante desses resultados. Continua a ser difícil fazer sondagens em Lisboa.
quinta-feira, julho 12, 2007
As últimas sondagens
1. Os resultados são retirados da imprensa. Fazem-se hiperligações para as notícias sempre que disponíveis.
2. São apresentados dois tipos de resultados: intenções directas de voto/resultados brutos, ou seja, a distribuição das diversas opções de resposta pelo total da amostra; e estimativas de resultados eleitorais, a negrito, ou seja, a distribuição das opções válidas de voto.
3. Quando os institutos não divulgam uma estimativa de resultados eleitorais, isto significa que não querem fazer quaisquer pressuposições sobre a forma como os indivíduos que dizem não saber ou não querer dizer em quem vão votar se distribuem pelas restantes opções.
4. Contudo, nesses casos, calculamos as estimativas de resultados eleitorais presumindo que as opções "Ns/Nr" significam abstenção (casos assinalados com um asterisco). Porquê?
- as intenções directas de voto não são comparáveis entre si, devido a diferenças metodológicas que causam enormes variações nas percentagens de não respostas e de abstencionistas declarados que são captados pelas sondagens, e devido ao facto de que os abstencionistas declarados são incluídos nuns casos e não noutros.
- alguns institutos não divulgam intenções directas de voto, o que inviabiliza ainda mais quaisquer comparações;
- tornar os resultados comparáveis entre si e com resultados eleitorais presumindo abstenção de "Ns/Nr" é a boa prática internacional nesta área, sancionada e confirmada dezenas de vezes em muitos estudos académicos (como este ou este, ou ainda neste referência clássica).
Isto não significa que o autor deste blogue esteja convicto (ou deixe de o estar) de que esta pressuposição é a que permite melhores inferências descritivas sobre a população ou até melhores "previsões". E é perfeitamente respeitável que os responsáveis de institutos não tenham qualquer teoria sobre o que fazer aos "indecisos". Contudo, na ausência dessa teoria, convém evitar confusões desnecessárias na opinião pública causadas pela não-comparabilidade dos resultados (como neste caso) ou até, como infelizmente já sucedeu (mas felizmente cada vez menos), que a posteriori se possam fazer manipulações grosseiras , comparando resultados brutos de sondagens com resultados eleitorais sempre que isso ajude a dar uma imagem de "maior precisão".
5. Quando as estimativas são calculadas por mim, os resultados são apresentados sem casas decimais, apenas porque sou da opinião que não faz sentido apresentar casas decimais em sondagens. Aqui explica-se porquê. Contudo, isto não passa de uma opinião. Os resultados divulgados com casas decimais são apresentados tal como divulgados.
Então vamos lá (14.56h, dia 13):
-Grande estabilidade nos resultados da Marktest em relação à última sondagem. Aumento de OBN deve-se, em grande medida, ao aumento da declaração de "voto em branco";
- Na Católica, em comparação com o final de Maio, o mais assinalável é a subida de Ruben e Sá. Mas note-se nos resultados brutos: 32% de indecisos. Estes valores variam muito de instituto para instituto, porque são medidos de maneira diferente (nuns casos como opção dada pelo inquirido de forma espontânea, noutros como uma de várias opções previstas, noutros com uma pergunta específica). Mas nunca tinha visto, em sondagens da Católica, um valor tão alto.;
- A Intercampus mostra estimativas que prolongam tendências que vem detectando desde o início: Costa, Carmona e Ruben a subirem; Negrão e Roseta a descerem. É mais "excêntrica" sondagem das últimas quatro, nomeadamente no que diz respeito a Costa, Roseta e Ruben, mas isso nada diz sobre a precisão com que está a captar a realidade, que pode ser maior do que a de todas as restantes;
- Eurosondagem muito semelhante à sua sondagem anterior.
Amanhã falamos com mais calma.
Fontes para as últimas sondagens:
Marktest
Eurosondagem
Intercampus
Aximage
quarta-feira, julho 11, 2007
Dismal science
Mercados electrónicos
Agora há uma iniciativa portuguesa: Eu Voto. Que isto possa vir a ter algum interesse depende da taxa de participação, pelo que só posso apelar a que entrem em jogo.
Eu já participei, sob pseudónimo. Comprei umas acções baratíssimas. E ainda antes de ter inside information (só a deverei ter hoje ao fim da noite).
terça-feira, julho 10, 2007
Os pequenos partidos nas sondagens
1. Comparabilidade: nem todas as sondagens apresentaram resultados para partidos com intenções de voto inferiores às do CDS-PP.
2. Erro amostral:
- 16% dos inquiridos da última sondagem da Intercampus afirmaram que não iriam votar. Logo, com uma amostra de 800, as estimativas foram calculadas na base das intenções de voto manifestadas por 672 votantes.
- Não sei quantos disseram que não sabem em quem votariam. Mas imaginemos que foram 9% como na sondagem anterior da Intercampus. Logo, teríamos intenções de votos válidas dadas por 612 pessoas.
- A notícia relata que, entre esses, 1% disseram que votariam em Garcia Pereira. 1% de 612 são...6 pessoas. Para uma amostra aleatória de 612, a margem de erro associada a uma estimativa de 1%, com 95% de confiança, é 0,79% Isto quer dizer que Garcia Pereira pode ter, com 95% de confiança e se a amostra fosse aleatória (que não é), qualquer coisa entre 0,21% e oito vezes mais do que isso, ou seja, 1,79%. Dizer isto sobre o PCTP/MRPP ou não dizer nada é a mesma coisa. É por isto que prefiro não dar os resultados dos pequenos partidos, achando preferível agregá-los.
Dito isto, o CDS-PP está incluído no quadro, mesmo tendo intenções de voto, nalguns casos, de 1%. Mas como noutras sondagens tem estimativas bastante superiores, achei que fazia sentido incluir Telmo Correia.
Outlier: É preciso azar
Se eu me tivesse conseguido explicar melhor, Nuno Teles teria conseguido detectar que:
1. Começo por apresentar dois ângulos possíveis de análise ao facto de, nos países europeus da OCDE, se trabalhar menos (e cada vez menos) que nos Estados Unidos. Ambos resultam, em grande medida, deste trabalho de Alberto Alesina (e mais indirectamente, disto ou disto). O primeiro consiste em lamentar o facto e as suas causas (impostos e sindicatos), dado que ele favorece que, em contextos de aumento da produtividade nos EUA a ritmo superior ao que se passa na Europa (a não ser que Nuno Teles deseje contestar isso também), o declínio do trabalho leva ao declínio económico da Europa. O segundo consiste em assinalar, como Alesina também o faz, que nos países europeus onde se trabalha menos as pessoas parecem estar mais satisfeitas com a vida, sugerindo que escolher a solução que produz mais "bem estar" deste ponto de vista depende, em grande medida, do que queiramos definir como "bem estar". Afinal, os europeus estão "bem" assim, independentemente de acharmos que são parvos ou não.
2. Contudo, uma das coisas que me intriga no artigo de Alesina é que a hipótese de que "menos trabalho" produz "mais satisfação" é testada apenas, a nível micro ou macro, em contextos europeus. O que me fez pensar que a ideia de que há um "trade-off" entre "trabalho" e "felicidade" pode não ser verdadeira, ou verdadeira apenas para alguns contextos. Foi essa ideia que tentei explorar.
3. Mas claro que o Nuno nunca poderia ter percebido que era essa a minha intenção. Ainda se eu tivesse escrito qualquer coisa assim como:
"Há, por isso, um terceiro ângulo possível para o assunto, que não se concentra nem nos efeitos perversos do "estatismo" ou do "sindicalismo" europeus nem nas tradicionais descrições dos americanos como "bárbaros" fanatizados pelo trabalho e pelo consumismo."
o Nuno teria podido perceber que aquilo o que o meu artigo procurava fazer era explorar um ângulo alternativo aos dois anteriores, e escusava de ter andado a gastar o teclado a atacar-me por ter defendido coisas que não defendi. Mas espera: e não é que eu escrevi mesmo aquilo? Deve ter sido o Público do Nuno que ia com essa parte cortada. É preciso azar.
4. O terceiro ângulo é, afinal, o da "job satisfaction", que está em declínio na Europa e, após um declínio nos anos 70/80, estabilizou nos Estados Unidos. Procurei sugerir que a noção de que há um trade-off entre trabalho e satisfação é uma coisa muito europeia, e dar algumas indicações de que, nos Estados Unidos, a preocupação dos gestores com as condições físicas e psicológicas de trabalho, com a autonomia e a participação, tendem a ser maiores do que na Europa. Baseei-me nos trabalhos de Francis Green e, sem o nomear, num artigo que li há uns tempos no NYT do Alan Kruger.
Mas claro que o Nuno não podia saber isto. Não estava lá escrito. Ou estava? Uma pessoa, às tantas, já nem sabe.
segunda-feira, julho 09, 2007
Sócrates, Eurosondagem, Julho 2007
sexta-feira, julho 06, 2007
Outlier: Materiais fundamentais para o estudo do PCP no século XXI
Ruben de Carvalho, citado no Público.
Lisboa, Intercampus e Marktest, 4 de Julho
Mostro também a média das estimativas de resultados e uma medida de dispersão (a mais simples, a diferença entre as estimativas máxima e mínima). Note-se como, proporcionalmente, os resultados atribuídos a Helena Roseta e a Ruben de Carvalho são os mais díspares. Isto pode resultar de mudança ao longo do tempo, mas pode significar também pura incerteza.
Mas há indicações de que há reais mudanças desde Maio. Quando há mais sondagens, faz sentido examinar tendências utilizando toda a informação. Mas neste caso, só com nove, concordo que o melhor é comparar sondagens feitas pelo mesmo instituto entre si. Costa aparece com tendência de subida porque sobe na Marktest, na Intercampus e na Eurosondagem. O mesmo sucede com Ruben de Carvalho. E Roseta desce nas três. Quando aos outros, nuns casos sobem, noutros descem.
Uma breve nota: o gráfico de hoje no Público troca, no que respeita à sondagem anterior da Intercampus, os resultados atribuídos a Ruben de Carvalho e a Sá Fernandes, como se pode ver se consultarmos isto.
Lisboa
terça-feira, julho 03, 2007
As sondagens e a CDU em Lisboa
Esta informação é incorrecta. Como se pode ver por este quadro, onde se vêem as últimas sondagens divulgadas por cada instituto antes das eleições de 2005, nenhuma sondagem dá menos que 8,5% à CDU. Uma delas, inclusivamente, dá-lhe 12%.
Aliás, o mesmo pode ser verificado num conjunto de resultados de sondagens contidos num post do mesmo blogue. Esse post é de leitura algo difícil e talvez resulte daí o equívoco. Nada disto impede, claro, a constatação de uma subestimação da CDU por parte da maioria das sondagens. Mas a magnitude dessa subestimação não deve ser...sobrestimada.
As autárquicas de 2001 em Lisboa
Depois de ler o livro, é muito difícil ficar seguro sobre quem ganhou, de facto, as eleições de 2001 em Lisboa. Isto é, por um lado, grave. Sem provar que houve fraude, o livro prova como a fraude é possível, mostra as brechas por onde, em Portugal, ela pode entrar. Mas o mais interessante é a forma como mostra que a democracia repousa em bases mais movediças do que possa parecer à primeira vista, mas que precisam, para se revelarem, de situações-limite, como as que se passaram nos Estados Unidos em 2000, na Alemanha em 2005, em Itália em 2006, ou em Portugal em 2001.
Como há margem de erro nos próprios resultados eleitorais - e não apenas nas sondagens - há momentos em que a aplicação das regras não chega para produzir soluções inequívocas, e tudo passa a depender do consentimento de uma das partes em abdicar de disputar o poder por outros meios. Gore acabou por abdicar, Schröder e Berlusconi também, e uma das coisas mais interessantes do livro é mostrar como João Soares também o fez. Mas passamos a estranhar menos que haja outros contextos, onde os jogadores têm porventura mais a perder, onde não se aceitem resultados eleitorais. Nem é preciso ir a democracias recentes: basta ver como, num certo sentido, o PP em Espanha nunca chegou a aceitar os resultados de 2004. A democracia está presa por arames muito finos.
Outlier: Rastejantes
WASHINGTON (Reuters) - President George W. Bush on Monday spared former White House aide Lewis "Scooter" Libby a prison term, enraging Democrats who accused Bush of abusing power in a case that has fueled debate over the Iraq war. Stalwart conservatives in Bush's Republican party had pressured him to pardon Libby - Vice President Dick Cheney's former chief of staff - and saw him as the victim of an overly zealous prosecutor when he was sentenced last month to 2-1/2 years in prison for obstructing a CIA leak probe. Bush stopped short of an outright pardon, leaving intact a $250,000 fine and Libby's two-years' probation. A senior White House official said Bush felt it was important to respect the jury process that convicted Libby of perjury. "I respect the jury's verdict. But I have concluded that the prison sentence given to Mr. Libby is excessive," Bush said in a statement. "Therefore, I am commuting the portion of Mr. Libby's sentence that required him to spend 30 months in prison."
Uma sondagem da Survey USA mostra que, dos americanos que dizem conhecer o caso, 60% estão contra a decisão do Presidente.
segunda-feira, julho 02, 2007
Lisboa, Eurosondagem, 27 Junho
De um leitor:
Gostaria de saber a sua opinião sobre o facto de a maioria (todas?) as sondagens relativas às eleições à CML terem como alvo uma amostra representativa do território nacional. Ou seja, apenas uns 5% serão realmente residentes em Lisboa. Mais curioso é o facto de os jornais usarem frases e títulos como"Lisboetas acham que...", "Lisboetas dão maioria a ..."
Não creio que isto seja assim. De facto, há algum tempo, a Eurosondagem divulgou intenções de voto numa eventual eleição autárquica em Lisboa tendo por base uma amostra nacional. Isto deu origem a uma deliberação da ERC (aqui, .pdf) e textos de rectificação do Expresso. Mas o que dizem as fichas técnicas das sondagens listadas acima? Alguns exemplos:
"O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente no Concelho de Lisboa e habitando em lares com telefone da rede fixa."
"UNIVERSO: Indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais do concelho de Lisboa em lares com telefone fixo."
"O Universo é constituído pela população portuguesa com 18 ou mais anos, recenseada no concelho de Lisboa"
"O universo alvo é a população com 18 ou mais anos recenseada e residente no concelho de Lisboa em alojamentos com telefone fixo"
Aqui escreve-se:
Tenho observado que nas fichas técnicas se indica que o universo consultado se refere a recenseados no concelho de Lisboa, mas desconfio que nunca terão sido exigidos os comprovativos dessa condição.
A desconfiança deverá ser plenamente justificada. Pelo telefone, não se pode pedir "comprovativos". E presencialmente, duvido que se peça o cartão de eleitor. Não creio que haja alguma sondagem que o faça, seja quando o universo é o dos eleitores lisboetas seja quando é o dos eleitores nacionais. Faz-se a pergunta, e confia-se na palavra dos eleitores. Pedir "comprovativos" seria introduzir um elemento de perturbação na relação entre inquiridor e inquirido cujos benefícios seriam, provavelmente, bem menores que os custos.
Note-se, contudo, como numa das fichas técnicas anteriores a condição de "recenseado no concelho de Lisboa" não é condição para fazer parte da amostra, mas sim apenas o facto de ter 18 ou mais anos e residir no concelho. Isto já não me parece grande ideia.