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Como se pode ver, não é particularmente brilhante. As estimativas de todas as sondagens desviaram-se, em média, mais de 2% do que veio a ser o resultado real (pior do que as sondagens em Portugal em 1995, 1999, 2002 e, claro, 2005). E os mercados electrónicos (onde se trocaram "acções" até 5 minutos antes do fecho das urnas) não se portam muito melhor.
Os maiores erros estiveram, claro, na sobreestimação da CDU/CSU e na subestimação do FDP. A distância entre a data do trabalho de campo e a data das eleições não parece ter nada a ver com o problema. Pelo contrário: as sondagens FGW e Infratest são as que foram feitas mais longe das eleições e também as que mais se aproximam dos resultados finais. A dimensão da amostra é também irrelevante para explicar as diferenças entre as sondagens. E não se sabendo mais aspectos das metodologias utilizadas, é difícil explicar diferenças que de resto, são muito pequenas. Isto sugere que a diferença entre as estimativas e os resultados dever-se-á a algo que terá afectado todas as sondagens de forma mais ou menos semelhante: late deciders, abstenção diferencial, etc.
Não esquecer que Dresden ainda não votou e que a vantagem da CDU/CSU é de apenas três deputados, mas é duvidoso que isso mude alguma coisa.
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