sexta-feira, maio 08, 2009

Legislativas. Eurosondagem, 30 Abril-5 Maio, N=1021, Tel.

PS: 38,8% (39,6%)
PSD: 30,5% (29,6%)
BE: 9,8% (9,6%)
CDU: 9,2% (9,4%)
CDS-PP: 6,9% (7,0%)
OBN: 4,8% (4,8%)

Aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Pedro

A comparação com a sondagem da católica é evidente.

Nos votos à esquerda do PS são quase iguais.
As duas diferenças são na da católica o Bloco central soma 75% e na da Eurosondagem 70%.

Esses 5% vão direitinhos para o CDS.

Claro que as coisas não são assim tão simples mas a grande diferença poderão (ou não) ser em parte explicada pelo método das duas sondagens.

A expicação mais simples indiciaria que os entrevistados directamente tendem a responder mais nos partidos centrais e telefonicamente estarão mais libertos para assumir o voto cds.

Acha que faz algum sentido?

Obrigado

PPB

Unknown disse...

Bom dia. Deixemos de lado a questão de haver erro amostral, e ainda por cima desse erro amostral ser a 95% de confiança (permitindo 5% de casos com sérios outliers). Se o fizermos, podemos concentrar a nossa atenção noutras possibilidades, como a que menciona. Mas esse efeito do modo de inquirição joga pelo menos de duas formas. Por um lado, o estímulo e a relação com o eleitor é diferente numa telefónica. A pergunta quase certamente é aberta ("em que partido votaria") e, no máximo, fornece uma lista (reduzida) de partidos. Numa presencial, pode-se mostrar uma lista de todos os partidos ou até (como costuma suceder em sondagens mais perto das eleições) usar boletins de voto simulados. Mas não é evidente para mim em que sentido uma ou outra modalidade pode afectar a estimação deste ou aquele partido.

Outro efeito, porventura mais importante, é amostral. Numa sondagem telefónica, o universo não é o dos eleitores recenseados, mas sim o dos eleitores recenseados residentes em domicílio com telefone fixo. Numa sondagem presencial, essa limitação não existe (existem outras, como uma menor capacidade de monitorização do trabalho de campo e da aplicação do questionário, por exemplo).

Outro aspecto potencialmente relevante é que a Eurosondagem utiliza uma amostra aleatória e não procede a ponderação posterior dos resultados. O CESOP/UCP, pelo contrário, faz ponderação pós-amostral, ou seja, reequilibra a amostra de acordo com características conhecidas da população - sexo, idade, qualificações académicas. Se pensarmos que as pessoas com baixas qualificações académicas, os homens e os mais jovens tendem a ser subestimados nas amostras - devido a menores taxas de resposta - temos outro possível vislumbre o que poder estar por detrás disto.

Na última sondagem da Aximage (1 de Abril), por exemplo, que partilha com a Eurosondagem a característica de ser telefónica e com o CESOP a característica de usar ponderação pós-amostral, o CDS-PP tinha 6%, menos 1 ponto que na sondagem anterior (de Março) e menos um ponto que na sondagem da Eurosondagem realizada no mesmo momento.

Mas isto são apenas suposições. Comparar duas ou três sondagens não nos pode levar mais longe na explicação dos efeitos destes aspectos. E muito menos nos permite saber aquilo que interessaria: qual a distribuição real das preferências dos eleitores no momento em que as sondagens foram feitas. Mas isso é-nos inacessível e por isso se fazem...sondagens.

Tiago Dias disse...

Sr.Pedro
E em relação a esta sondagem,consegue fazer um previsão(muito bruta e sem qq responsabilidade claro:) ) da distribuição de mandatos na assembleia?